Há em todo momento aquela súbita sensação de saudade, daquilo que se foi, mas ao mesmo tempo deixou sua marca gravada. As imagens se encaixam como se fossem peças de um quebra cabeça, formando um filme de tudo que vivi e senti todo esse tempo. A saudade que era um estranho desconhecido se torna um companheiro, que mesmo que você não deseje a sua companhia, ela está ali, pronta pra abrir seu saco de recordações, boas ou ruins, com lembranças de amores passados, lições aprendidas, dores sofridas e principalmente as perdas, e essas são as que mais maltratam.
A saudade conduz aqueles momentos que por mais que sejam curtos e rápidos, ficam gravados como uma tatuagem na face. Eu sinto falta de tanta coisa nessa vida, sinto falta de quando existia um vicio profícuo pelo romantismo, onde todas as mulheres gostavam de flores e poemas, sinto falta do beijo caloroso e apaixonado de quem me amava de verdade, sinto falta das composições que falavam de amor, sinto falta de olhar para as estrelas com um pensamento no futuro a dois.
Não entendo como é possível produzir anexos e encaixes tão perfeitamente com todas as minhas recordações. Como posso reviver cada momento, em um piscar de olhos? Acho que mesmo que não queira, vivo, pois eles fazem parte e vivem em mim. A saudade se encravou não só no meu peito, mas em cada sinapse conduzida pelos meus axônios...
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